Dinuba busca solução de carrinho de compras

A Câmara Municipal de Dinuba aprova uma primeira leitura de uma lei sobre carrinhos de compras que atribui mais responsabilidade aos proprietários de empresas no tratamento de carrinhos abandonados

DINUBA – Pare, deixe cair e leve seu carrinho de compras de volta para a loja, porque a cidade de Dinuba está aumentando a pressão sobre o roubo de carrinhos de compras.

Para reduzir o número de carrinhos de compras abandonados espalhados pela cidade, a Câmara Municipal de Dinuba aprovou um decreto na sua reunião de 22 de agosto que descreve as medidas que as empresas devem tomar para garantir que os carrinhos não sejam roubados das suas propriedades. A primeira leitura do decreto foi aprovada com uma votação de 5 a 0, e o conselho planeja adotá-lo oficialmente em uma segunda leitura em sua próxima reunião, em 26 de setembro.

“O objetivo desta portaria é realmente adicionar mais uma ferramenta para os funcionários da cidade lidarem com carrinhos de compras abandonados, que se tornaram um problema nos últimos meses”, disse o procurador municipal David Yanez.

A portaria acrescenta um capítulo sobre “carrinhos de compras” ao Título 9 do Código Municipal de Dinuba que diz que carrinhos abandonados criam perigos para o tráfego de pedestres e veículos e causam uma praga na cidade que reduz o valor das propriedades.

A portaria contém dois requisitos principais: os proprietários dos carrinhos devem ter algum tipo de sistema de contenção de carrinhos para mantê-los em suas propriedades e devem equipar seus carrinhos com sinalização de identificação para que os carrinhos abandonados possam ser devolvidos facilmente. A sinalização também deve incluir um alerta aos clientes de que a remoção do carrinho da propriedade da loja é proibida por lei.

Um sistema de contenção de carrinho pode parecer um dispositivo de desativação preso a uma roda de carrinho que impede que o carrinho seja levado para além do estacionamento de uma loja ou de qualquer outro equipamento aprovado pelo gestor municipal.

Os vereadores comentaram que esses métodos não são infalíveis, porque a sinalização é fácil de arrancar dos carrinhos e alguns dispositivos de desativação também podem ser acionados; mas observaram que este decreto é um bom ponto de partida.

As empresas podem ficar isentas da exigência de contenção se contratarem um “serviço qualificado de recuperação de carrinhos”, que coleta carrinhos abandonados na área e os devolve à loja. O gerente municipal assistente, Daniel James, disse que a cidade tem trabalhado com um empreiteiro terceirizado que já estava contratado para recuperar carrinhos para Walmart, CVS e Walgreens em Dinuba.

James disse que a prefeitura pediu à empreiteira que ampliasse seu raio para pegar outros carrinhos para a cidade, mas o problema é que muitos não têm sinalização, então os carrinhos não podem ser devolvidos ao devido proprietário. Ele disse que 15 a 20 carrinhos foram coletados a cada semana nas últimas duas a três semanas.

Abdul Ali, diretor corporativo do Supermercado Tropicana local, disse que sua loja não possui um sistema de contenção de carrinhos, mas contrata a devolução de seus carrinhos. Ele disse que, com um estacionamento do tamanho deles, custaria milhares de dólares para usar um sistema de contenção para seus 150 carrinhos.

A equipe municipal de Dinuba trabalhará na divulgação às empresas locais para informá-las de que a cidade está coletando carrinhos abandonados e que os proprietários de empresas terão a oportunidade de recuperar seus carrinhos no armazenamento da cidade. No entanto, se uma empresa não recuperar os seus carrinhos no prazo de três dias após a notificação da cidade, incorrerá em multa e, se não recuperar os seus carrinhos no prazo de 30 dias, os carrinhos serão eliminados pela cidade.

As violações da portaria resultariam em uma citação administrativa da cidade, embora as pessoas citadas por posse ilegal de carrinho pudessem ser acusadas de roubo pelo proprietário do imóvel.

“Seria responsabilidade da empresa agir nesse sentido”, disse Yanez.

A vereadora Linda Launer disse que esse é um problema que a cidade sempre teve e que coloca os negócios em risco quando perdem propriedades caras. Um único carrinho pode custar centenas de dólares; segundo Ali, os carrinhos do Supermercado Tropicana custam US$ 220 cada.

“Temos quem vai às compras, empurra (o carrinho) pela estrada para chegar em casa, esvazia e depois abandona”, disse Launer. “Não é porque foram os proprietários das empresas que permitiram isso… (mas) agora eles estão naquela situação de ter que alguém entrar e transportá-lo.”